terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

NEGÓCIOS DA CHINA!

Torcida Chinesa em um jogo da liga nacional
Jogadores brasileiros sempre foram motivo de observação no mundo do futebol em todos os lugares. Jovens esses promissores todos os anos surgem nos grandes, médios e até pequenos clubes e por motivos financeiros já saem do nosso futebol e vão para o exterior. Isso ocorreu sempre com enorme demanda, desde o começo da década de 1990. Quando a economia brasileira esteve bem estabilizada, isso não deixou de acontecer.
No começo desse grande processo de exportação, o principal destino sempre foi o futebol europeu, depois começou um pouco da concorrência do futebol japonês e até dos árabes. Isso no entanto  ocorria para o mercado asiático com jogadores já experientes que queriam dar uma  "melhorada" em suas economias.
No começo da temporada 2015 o que realmente "assombrou"  foi o forte investimento do futebol chinês em nossos atletas. Com salários mirabolantes e ofertas irrecusáveis começaram a enfraquecer os nossos principais clubes. Logo de cara assim que virou o ano, uma oferta a um dos melhores jogadores do último Campeonato Brasileiro Ricardo Goulart, logo depois foi ao centroavante da Seleção Brasileira Diego Tardelli e não parou por ai. Conca retornou ao futebol chinês, assim como os gremistas Barcos e Marcelo Moreno, que foram jogar juntos e agora por último Jadson do Corinthians.
Isso sem falar no ano passado. como o técnico Cuca campeão da libertadores pelo Atlético - MG  já tinha ido para China, Vagner Love deixou o futebol russo rumo ao mesmo destino. Um pouco antes, em 2011, Dario Conca já pintava por lá e até o contestado  Aloísio ex-São Paulo foi engordar suas contas por lá.
O nosso futebol e nossos clubes realmente não conseguem competir com os números que o futebol tanto europeu, quanto esses fortes centros asiáticos proporcionam aos jogadores de futebol. Simplesmente porque, Europa, China, Japão, Mundo Árabe tratam o futebol não como paixão ou só um esporte, mas sim como grande entretenimento.
Por isso mesmo com esse investimento alto em atletas, eles têm retorno na mesma medida,, com patrocinadores, rendas de bom público, cotas de TVs e uma organização em Ligas.
Competir com esse mercados torna-se quase que impossível para o nosso futebol devido nossa desorganização, desrespeito com o espectador e não é tido ainda como negócio,  muitos dirigentes e  que cuidam de federações e clubes o fazem como  nos anos 60 ou 70. 
Isso só mudará quando o futebol brasileiro for tratado como um grande entretenimento, negócio, os clubes serem mais profissionais, não mais um esquema varzeano, movido à paixão e simplesmente com muitos interesses particulares. 
Nosso potencial tanto econômico, técnico e até mesmo de uma visão de torcedor,  havendo maior organização, pode sim ter uma alavancada e alçarmos voos mais altos. Por enquanto é ver jogadores bons, indo para fora do Brasil e enfraquecendo ainda mais o já fraco futebol brasileiro.

OBS: Jadson desistiu do negócio da China dois dias depois de quase tido como certa sua
transferência.

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